segunda-feira, 7 de maio de 2012
A realização é droga.
E não foi qualquer show. Foi um show de graça, no olho do furacão da segunda ou terceira maior cidade do mundo. Quantas pessoas ali? 20mil? 30mil? 50mil?
Foram espremidos em 60 minutos um setlist que tinha novidade, velharia, alguns hits e muita trilha-sonora pra bater cabeça, pois eu viajei 600km para bater cabeça.
Voltando pra Minas Gerais, cadê as ruas engarrafadas de São Paulo? Todas vazias, de um jeito que chega a dar medo. E, ali, ninguém jamais poderia estar mais feliz do que eu,. Apenas eu, o barulho quase nulo das catracas, o vento fazendo zumbido passando pelos alargadores, e a Anhanguera vazia.
Eu preciso virar astronauta.
Eu poderia dizer que não quero mais nada da vida, mas eu quero, sim. Eu quero sentir isso mais vezes e, se possível, de formas ainda mais intensas. Eu não quero estar pronto para a próxima, eu quero é me surpreender. E que seja bonito do jeito que foi hoje. E que seja de verdade como sempre foi.
A realização é droga, veneno e combustível.
E, que o céu, em sua ilusão de paraíso merecido, seja uma avenida infinita.
Sem freios, sem chefes, sem deuses, sem nada.
Só eu e meus ensurdecedores pensamentos.
- parafraseando Lucas Silveira